“How many special People change ...”
Mudanças, somos seres extremamente instáveis. Nós humanos dificilmente mantemos nossos sonhos e vontades intactos durante intervalos muito grandes de tempo, e isso dificulta imensamente nossas possibilidades de encontrarmos a tal felicidade que tantos buscam. Nós sempre buscamos mais, e desitimos mais e nos modificamos mais. Somos livres para ser o que quisermos. Por vezes escolhemos ser o igual, o montado, por outras escolhemos o original, o inesperado.
Busca-se felicidade. Como estrelas crescemos, nos enchemos de energia, nossa luminosidade aumenta, muitas vezes nos tornamos gigantes, até que a energia acumulada se torna tão grande e insuportavelmente forte que explodimos, como uma supernova, deixando rastros quase eternos no (nosso) universo. Somos capazes dessas mudanças, dessa luminosidade. Parecem haver apenas as duas opções, a de brilhar intensamente por alguns segundos ou a de nunca alcançar um acúmulo energético tão grande e apagar aos poucos, perdendo calor, e se apagando calmamente sem grandes atenções voltadas.
E assim continuamos, nessa constante mutação, acúmulo e liberação de energias, esse ciclo quase infinito de inquietude ou calmaria. Assim funcionam nossos sentimentos, amizade, alegria, amor, tristeza, saudade, nessa mistura de elementos, fundindo, solidificando e evaporando em nossas vidas, marcando nossos corpos, nossos universos próprios, com seu brilho, seja ele intenso ou apenas uma longínqua estrela prestes a se apagar.
Ahhh esses sentimentos. Esses mundos que se formam, coadjuvantes por vezes, e por outras tão importantes. No final das contas o que realmente importa é que eles entrem no palco, e completem seu papel, há os que vão ser ovacionados em pé no final da peça, orgulhosos e altivos por tudo que fizeram e representaram. Mas há também aqueles que quietos, apenas irão se manter ali, sozinhos no centro do palco, sem aplausos, esperando que a cortina se feche, para finalmente se apagarem e se tornarem poeira estelar ...
22/05/2009 - 12:22
Um comentário:
Um dos grandes temas da filosofia é a nossa eterna insatisfação: desejamos algo; quando conseguimos o desejado nos satisfazemos por um breve momento; logo nos inquietamos novamente e passamos a desejar outra coisa; ... e assim seguimos "from the cradle to the grave, always longing for something (which we don´t necessarily know what it is)...
:)
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